quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Eternos desde sempre.

Já parou para pensar que você sempre existiu? Não estou me referindo à sua alma ou ao sopro de Deus e tal, e sim aos elementos que te compõem. Faço alusão aos ciclos biogeoquímicos (isso que dá estudar nas férias colocando as específicas de medicina num pedestal). Alguns destes processos independem de matéria orgânica, como o pequeno ciclo da água (evaporação, condensação, precipitação e etc), que é uma substância de suma importância para a existência de vida, outros necessitam de agentes vivos para acontecer, tal qual o ciclo do nitrogênio, que não seria possível sem as bactérias fixadoras deste elemento.
Agora, como você é eterno? Meu querido, vamos ao exemplo: O nitrogênio está presente nos seus ácidos nucléicos (DNA e RNA) e em suas proteínas. Ah, claro, este componente não surgiu do nada em seu organismo, muito menos na Terra. Por incrível que pareça 79% da atmosfera é composta por nitrogênio, mas a maioria dos seres vivos não consegue captá-lo diretamente, para isto contam com a ajuda de bactérias do tipo Rhizobium que se associam às raízes de leguminosas, tirando o elemento do ambiente e passando para o vegetal, o excedente é despejado no solo, o fertilizando. A substância resultado da degradação deste elemento é a amônia, que por sua vez não é captada também, neste momento entram as bactérias nitrificantes – primeiramente as nitrossonas – que oxidam este produto e o transformam em nitrito, tóxico por sua vez, que é oxidado pelas nitrobacter e se tornam nitratos, altamente solúveis em água e absorvidos pelos pêlos absorventes da leguminosa. Quando um animal herbívoro ou onívoro se alimenta da plantinha, ingere parte deste nitrogênio e o passa para o próximo nível trófico. Caso ninguém se alimente da leguminosa, ao morrer, os agentes decompositores, em especial as bactérias desnitrificantes, liberam o nitrogênio novamente no ambiente e começa tudo de novo outra vez.
Ciclos como estes ocorrem com todos os elementos base para a formação de vida e se deixassem de ocorrer, os mesmos se esgotariam, causando a morte do planeta (Isso inclui todas as espécies e não só a grande bola azul vista do espaço, ok? Raciocina). Compreenderam? Você, eu e tudo ao nosso redor sempre existiu, só que de outra forma. Veja bem, o nitrogênio do seu DNA sempre esteve na natureza, o fósforo responsável por sua energia, um dia estava em alguma pedra. Assim como o carbono, o selênio, o cálcio, o potássio,... Olha que magnífico! Um dia eu fui parte de uma planta, de uma rocha, de um dinossauro,... E daqui a muitos e muitos anos (se Deus quiser, só daqui a MUITOS anos mesmo), partes de nós formarão outros seres. Quem sabe depois da metade do próximo século meu carbono esteja presente em alguma planta que meu tetraneto comer.
Moral da história: Nada se cria e nada se perde. Tudo se transforma.

- Carolina Aquino.

Obs.: As cenouras adquirem o nitrogênio. O coelho come uma dessas cenouras. Sua pai compra o coelho numa casa de caças. Sua mãe faz coelho “acenourado”. Você é consumidor primário e secundário. Taparei.

Beijosmil.

Eternos desde sempre.

Já parou para pensar que você sempre existiu? Não estou me referindo à sua alma ou ao sopro de Deus e tal, e sim aos elementos que te compõem. Faço alusão aos ciclos biogeoquímicos (isso que dá estudar nas férias colocando as específicas de medicina num pedestal). Alguns destes processos independem de matéria orgânica, como o pequeno ciclo da água (evaporação, condensação, precipitação e etc), que é uma substância de suma importância para a existência de vida, outros necessitam de agentes vivos para acontecer, tal qual o ciclo do nitrogênio, que não seria possível sem as bactérias fixadoras deste elemento.
Agora, como você é eterno? Meu querido, vamos ao exemplo: O nitrogênio está presente nos seus ácidos nucléicos (DNA e RNA) e em suas proteínas. Ah, claro, este componente não surgiu do nada em seu organismo, muito menos na Terra. Por incrível que pareça 79% da atmosfera é composta por nitrogênio, mas a maioria dos seres vivos não consegue captá-lo diretamente, para isto contam com a ajuda de bactérias do tipo Rhizobium que se associam às raízes de leguminosas, tirando o elemento do ambiente e passando para o vegetal, o excedente é despejado no solo, o fertilizando. A substância resultado da degradação deste elemento é a amônia, que por sua vez não é captada também, neste momento entram as bactérias nitrificantes – primeiramente as nitrossonas – que oxidam este produto e o transformam em nitrito, tóxico por sua vez, que é oxidado pelas nitrobacter e se tornam nitratos, altamente solúveis em água e absorvidos pelos pêlos absorventes da leguminosa. Quando um animal herbívoro ou onívoro se alimenta da plantinha, ingere parte deste nitrogênio e o passa para o próximo nível trófico. Caso ninguém se alimente da leguminosa, ao morrer, os agentes decompositores, em especial as bactérias desnitrificantes, liberam o nitrogênio novamente no ambiente e começa tudo de novo outra vez.
Ciclos como estes ocorrem com todos os elementos base para a formação de vida e se deixassem de ocorrer, os mesmos se esgotariam, causando a morte do planeta (Isso inclui todas as espécies e não só a grande bola azul vista do espaço, ok? Raciocina). Compreenderam? Você, eu e tudo ao nosso redor sempre existiu, só que de outra forma. Veja bem, o nitrogênio do seu DNA sempre esteve na natureza, o fósforo responsável por sua energia, um dia estava em alguma pedra. Assim como o carbono, o selênio, o cálcio, o potássio,... Olha que magnífico! Um dia eu fui parte de uma planta, de uma rocha, de um dinossauro,... E daqui a muitos e muitos anos (se Deus quiser, só daqui a MUITOS anos mesmo), partes de nós formarão outros seres. Quem sabe depois da metade do próximo século meu carbono esteja presente em alguma planta que meu tetraneto comer.
Moral da história: Nada se cria e nada se perde. Tudo se transforma.

- Carolina Aquino.

Obs.: As cenouras adquirem o nitrogênio. O coelho come uma dessas cenouras. Sua pai compra o coelho numa casa de caças. Sua mãe faz coelho “acenourado”. Você é consumidor primário e secundário. Taparei.

Beijosmil.