quarta-feira, 17 de novembro de 2010

La Dolce Felicitá

No último feriado (15/11: Proclamação da República) fiz a primeira prova da UFRJ e foi no tema proposto para a redação que inspirei meu post. A banca pediu uma dissertação argumentativa baseada na seguinte pergunta "O que há de errado com a felicidade?". Confesso que esta indagação não ficou restrita apenas àquela folha; saí da sala pensando nisto e acho que tenho a resposta. (Modéstia parte, fui ótima na produção de texto hoho)

O ser humano reduziu à metas e pessoas sua própria felicidade. Exatamente. Pare e reflita. Hoje a felicidade é venerada como algo divino, mas é tratada como uma coisa completamente mundana. Ser feliz é ter tal carro, passar no vestibular, casar com alguém,... Resumindo: Felicidade se tornou o fim. O fim de um caminho que foi trilhado para alcançar um objetivo.

Honestamente, felicidade para mim não é a conseqüência, é a causa. Não é o destino, é a estrada. Entende? O objetivo alcançado é o bônus, tipo "pague 2 e leve 3". A graça está no trajeto. Sabe quando vamos viajar para a casa da avó ver os primos e estamos ansiosos, mas a estrada é legal, porque vamos cantando no carro, vendo a paisagem e tudo mais? Isso é felicidade.
Passar no vestibular não terá tanta graça se não tivermos conhecido tantas pessoas legais que nos fazem bem na escola, que nos fazem feliz. Namorar com quem amamos não teria tanta graça sem a conquista e suas aventuras.

E os detalhes? Alegria está nos pequenos momentos. Ou vai me dizer que você não fica feliz com um sorvete gelado no verão carioca de 40ºC na sombra, ein? Ou com aquele dia de sol e praia em pleno inverno? Ou quando aquela música toca em algum lugar inesperado e você começa a cantar baixinho e só pertence à melodia?

Em suma (como diz alguém que eu conheço muito bem), a doce felicidade não é uma busca incessante, é um estado constante - só é infeliz quem quer. Uma verdadeira caça ao tesouro, onde as aventuras são as melhores jóias.


Umbeijomil.

- Carolina Aquino.

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