Vozes embaralhadas ecoavam pelos imensos corredores e dependências do ilustre palacete no centro da cidade. Eram cochichos, gritos, verdades e mentiras. Homens de bem - importantes, discutiam no grande salão sobre quem ficaria com o que, enquanto a condessa desmanchava-se aos prantos em seus aposentos.
O corpo nem havia esfriado, a alma ainda vagava sem rumo pelos campos e o conde jazia a espera de suas honras póstumas na catedral. O dia estava triste, venenoso e sombrio, disso eu não esqueço.
O badalar dos sinos anunciou o início das honrarias em nome de Deus e quando o dia chegou ao fim, no ápice do crepúsculo, o conde foi sepultado com toda pompa. Todos lembravam seus feitos em vida, mas só a condessa jamais os esqueceria.
- Carolina Aquino.
terça-feira, 19 de maio de 2009
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Ótimo!! Adorei, Carol!
ResponderExcluirNo final de tudo, todo mundo diz que conheceu e pode até lembrar, mas só quem amou nunca vai esquecer.
Beijos, linda.